Irmãos de Sangue, uma honra sangrenta. Parte V
- Gunther
- 13 de mar. de 2018
- 3 min de leitura
Depois de caminharem um tempo, ele começou a escutar alguma coisa, gritos, desespero, até que sentiu um abalo na terra, mas percebeu que a origem deste, estava mais próximo do que esperava que fosse. Olhando para Kelanor, apenas acenou avisando para estar preparado, ambos sacaram as armas, e caminharam em direção ao som.
E não conseguiam ver por causa da mata densa da Selva do Espinhaço, então utilizando seus machados, Krol começou abrir um caminho afim de descobrir o que estava acontecendo. Assim que conseguiu enxergar melhor a situação, um sorriso largo preencheu-lhe de ponta a ponta.
Uma trolesa, de cabelos verdes como a selva, olhos selvagens como a de uma leoa em frenesi, com seu corpo esbelto como sempre, estava com o pé no pescoço de um troll e com a mão em que segurava um martelo, com algumas palavras ditas seus olhos começaram a incandescer, e como mágica sua mão começou a tornar tipo uma lava, e seu martelo gritava em desespero por sangue. Com apenas um unico golpe, esmagou o crânio do troll, ossos, olhos, dentes, presas, tudo espalhou pelo ar, o rosto do troll recebeu um pouco da benção escarlate, quando a trolesa terminou de bater, olhou para o Krol e uma surpresa tomou conta dela
-Kro-Kro-Krol? Que que cê ta fazendo aqui?
- MALUCO! Cê é insana hein, Bwonsamdi deve ter adorado bra garai o que cê fez aqui hein- dizia Krol com uma animação quando viu aquele acampamento Amani destruido completamente, com bandeira em chamas, pedaços de corpos espalhados por todo o acampamento, eletrocutado, queimado, congelado, e dizimado.
- Eu só tava fazendo a caminhada matinal, enquanto pensava a respeito daquilo que cê comentou de honra, quando me deparei com este acampamento, e eles estavam com uma Elfa Sangrenta e...
- COMO ERA?- dizia Kelanor interrompendo a conversa.
Depois, de descrever a elfa, ele apenas suspirou
- Onde você acha que levaram?
- Eles falaram de alguma coisa Zul'Gurub- com um tom normal
- Daee Zuwee... seguinte, to ajudando o Fresquento aqui, a salvar justamente esta elfa aê... cê topa em vir com a gente?
A Zuwee tomada com um orgulho, bateu com a mão no peito e com alegria respondeu de imediato: - Claro Krol! Nunca perderia uma aventura dessas, ainda mais que quanto mais amanis e gurubashis encontrarmos mais alegre Bwonsamdi ficará.- dizia com um largo sorriso
- TAZ'DINGO- berrou Krol enquanto comemorava com a Zuwee pelos corpos que ela destroçou impiedosamente
Depois de limpar e empilhar aquele acampamento, queimaram os corpos, fizeram uma parada para entrar em comunhão com os Loas, exceto o elfo que ficou ali parado impaciente vendo os dois trolls super calmos, depois de um tempo, se levantaram. No meio daquele matagal ainda sim era possivel visualisar uma trilha, como se um corpo tivesse sido arrastado, Krol olhou atentamente:
- É... este saco de bat... digo, o corpo que levaram era bem menor que os trolls, aparentemente estava inconciente, se não teria deixado uma area de mato descoberto bem maior. E foi ao norte, exatamente em direção a Zul.... Zul Gurub- concluiu o pensamento com uma satisfação nos olhos- Senhor elfo! Teremos uma grande aventura! haaaahaaaaaaa
- Podemos ser mais direto porque tem uma vida em perigo agora neste momento
- Calma aee o Fresquento, cê quer que as coisas dão certo mas não quer fazer as coisas certo- interrompeu Zuwee com uma cara séria
- Aee ô Kelanor, isso daqui é pra você- disse Krol, entregando à ele um colar que tinha um formato de coração com uma foto dele
Segurando o colar delicadamente, impôs suas mãos emanando uma aura de luz, seus olhos começaram a também amarelar e depois retornar ao tom verde que estava.
- Está confirmado o local, agora vamos!
Zuwee assoviou chamando Garraveloz e Garrasangue, e com uma piscadela para o Krol
- Ta ai teu raptor! Agora bora ver quem chega primeiro
- hahahah! Nem por cima do meu cadaver!
E os dois, dispararam a frente, mato a dentro, montado em seus raptors, enquanto sentiam o vento tomando-lhe os cabelos e dançava freneticamente, Kelanor em seu cavalo vinha logo atrás enquanto pensava "Será que eu não estou perdendo minha sanidade! As vezes não entendendo se estes dois são irmãos, ou se são dois loucos para se quebrarem na porrada.... Só espero que a Luz não abandone a minha irmã...."
E como maquinas sanguinárias, todos os trolls que encontraram no caminho, eliminivam com golpes brutos e rapidos, seja um martelo fulgurante, ou uma machadada na fonte, ou até comida de raptors... o que importava era que, onde quer que passavam... uma trilha de sangue, e cabeças decepadas os acompanhavam...e isto chamava atenção de companhias indesejaveis....

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