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Irmãos de Sangue, Uma Honra Sangrenta- Parte IV

  • Gunther
  • 5 de mar. de 2018
  • 5 min de leitura

Ao chegarem finalmente ao tão esperado Selva do Espinhaço, o Krol ja inspirou com muita alegria, estar finalmente de volta ao lar, não há preço que pague tamanha alegria! As copas das arvores, belas e encantadores, as raizes mais rigidas, as aguas mais cristalinas, o Sol mais intenso, o ar mais puro. Tudo isto, e um pouco mais, definia a sensação de estar de volta ao lar.

- Certo, e agora de maneira Pomposital, cê irá começar a dizer onde acha que ela foi, ou pegadas e compania- disse encarando o elfo

- Eu não sei, como disse, ela esperou minha ida à guerra, para fazer as proprias aventuras! Apenas sei que veio aqui, por causa do aviso que tinha deixado.

- hmmm... saquei, então vamos fazer à moda antiga!

- Claro! Ah não ser que o Senhor não seja assim tão caçador, ou tão rastreador quanto diz que é, e talvez nem seja tão troll assim, a ponto de não conseguir seguir uma elfa, como você diz mesmo, fresquenta? Então até os fresquentos estão te superando? É isso mesmo que eu entendi?- dizia com a mais pura malicia, Kelanor encarando o Krol com o mais puro desafio

- Oooopaaa! Quase que cê me pega de jeito hein, é uma pena que dependa de mim para ver sua irmã viva... tenso né? Você depender de seres que perderam para simples murlocs- rebateu o desafio com a mesma cara maliciosa

- Então pelo visto, é melhor eu pedir ajuda para a Luz mesmo, porque esses Loa parece mais conto de criança- começando a gargalhar

- Se eu achar o resto de purpurina, cê me deverá um favor que cumprirá, se não sua Luz virará uma purpurina piscosa visguenta que até o Vil se tornará bom... e a propósito, este ponto foi seu- com uma risada, admitindo a derrota

- Então vamos.- com um ar de vitória...

E aquela base militar, não havia mudado quase nada, os ferreiros estavam trabalhando a todo vapor, os guardas continuavam atentos à qualquer perigo, os conjuradores estavam sempre lendo e buscando novos conhecimentos, ou aprimorando os que ja conheciam, e a boa e velha estalagem "Troll Saltitante"* .

Chegando ao local, estava com aquele bom e velho ar de... coisa velha. A pequena orquisa, agora ja estava adulta, com pequenas presas, um corpo esbelto, seus cabelos mais encantadores do que antes, sua pele macia, um aroma que acertava-lhe a alma como se fosse totalmente seduzido por aquele ser que um dia ja foi pequenino e servia a estalagem! O espaço em si não tinha mudado muito desde a ultima visita, agora tem novas opções de comida e bebida, mas o resto continuava como era!

- Eaee meu pedacinho de Loa em forma de carne, como cê tá?- perguntava o troll, agora renovado depoiis de sofrer o encanto da orquisa

Esta, fitou um pouco o troll, tentando se lembrar daonde o conhecia, depois de lembrar pulou do balcão, e foi correndo dar um abraço!

- Tio Krol! Quanto tempo... que saudade de você e dos seus contos sangrentos!- enquanto apertava fortemente o troll no abraço, e escutava claramente uns ossos quebrando enquanto outros regeneravam, e este estava todo alegre, rindo enquanto abraçava-a.

Kelanor quando escutou ela falando "Tio Krol", olhou para o troll, olhou para a orquisa, pensou um pouco na cena a ponto de ser chamado de tio, tentou esquecer a cena, não conseguiu esquecer a cena, torceu um pouco a cara, e começou a cair na gargalhada

-Ah, desculpe incomoda-los, mas Krol, não sabia que você tinha uma sobrinha...

- Isso é uma história para outra- dizia enquanto voltava os olhos para a orquisa- e então , como tem estado os negócios, e as coisas por aqui enquanto estive fora?

A orquisa animadissima, começou a falar empolgada - Ah, tem ido muito bem, diversos viajantes passam por aqui, comem bem, bebem bem, e não me lembro da ultima vez que tive um problema com encrenqueiros - dizia sorrindo orgulhosa

Com uma boa risada Krol continuou - Claro né, com um amor de orquisa dessas, quem que teria a coragem de arranjar encrenca né

O elfo olhava a situação, pensou no troll que ele conheceu há alguns dias, ficou encarando, e então decidiu perguntar - OK Familia linda, correta, e lógica. Queridissima orquisa, você viu uma elfa sangrenta, alta, ruiva, com olhos incandescentes, que carregava consigo um pingente com um simbolo de uma espada e um livro?

-hmmm... Sim, sim, faz uns oito dias se não estiver enganada, ela é bem simpatica! Só que ela ficou muito tempo aqui, dai chegou uns velhos meio caduquinhas né, e começaram a falar de histórias de trolls amanis , e ela se interessou repentinamente na história deles, e depois de muito conversar, ela pegou o falcostruz, e foi para onde eles tinham dito...

Kelanor, se pudesse teria morrido ali mesmo, só de escutar, e se lembrar, mas então bateu fortemente com a mão no peito, e olhou para o Krol seriamente, este ja entendendo o recado, voltou para a orquisa: - Seguinte, meu pedacinho de carne, vamos atrás desta elfa sangrenta, mas eu prometo voltar aqui para te ver ok? Ah...- jogando algumas moedas de ouro para ela- fica por conta da casa, pode se servir com o que quiser, e se alguem vier enxer o teu saco, fala que meus machados estão felizes e disponiveis para argumentação- terminou a fala com um sorriso maroto..

A orquisa, meio que querendo chorar, mas também meio feliz, deu um abração no troll, e disse: - Mas vê se volta!

- Pode apostar que sim!

Após aquela conversa, os dois sairam da estalagem, e começaram a caminhada para perto do ninho de Zul'Gurub, um silencio desconfortavel abateu sobre os dois colegas, Krol olhando para o elfo, sabia que este estava curioso a respeito do que vira, então começou a falar

- Há alguns anos, aqui mesmo, em um acampamento tróllico amani, estavam alguns orcs sendo prisioneiros, eu mais meu parceiro de guerra, no meio da noite quando havia apenas alguns acordados, matamos todos os amanis, pilhamos todos os corpos e fizemos a oferenda a Bwonsamdi, e fomos libertar os orcs, mas a maioria tinha morrido para um veneno, que foram adicionados na agua em que bebiam, só que esta pequenina, juntamente de seu pai não haviam bebido. Então, pegamos os dois, e os ensinamos a se protegerem, e ensinamos a como matar os trolls, e a pequenina tinha um desempenho muito bom, quanto a base militar da horda ficou por ali, não havia ninguem para alimentar as tropas, ou cuidar das bebidas, então os dois fundaram a taverna Troll Saltitante, para poder acolher os aventureiros, e também dar um pouco mais de conforto aqueles que viam sedentos ou com fome. Só que o pai desta menina foi enviado a guerra, pois haviam coisas mais urgentes para cuidar, e deixaram a pequena no comando. Nunca mais o pai retornou, então eu cuido dela, de vez em quando passo aqui, vejo como ela está e trato dela quando está ferida. - encerrou o discurso

O elfo, erguendo a sombrancelha, enquanto ouvia tudo atento disse - Sabe, quando diziam para mim a respeito de trolls, pensavam que todos eram iguais, só que você é meio diferente por mais que as vezes tenho vontade de socar você- dando uma grande risada

- Claro , claro não pense também que eu quero entregar rosas para você, Senhor Pomposo da Casa Fresquenta - devolvendo a risada.

Depois de caminharem um tempo, ele começou a escutar alguma coisa, gritos, desespero, era isso que escutava até que...

 
 
 

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