Irmãos de Sangue, uma honra sangrenta. Parte VI
- Gunther
- 14 de mar. de 2018
- 4 min de leitura
[Em algum lugar na Selva do Espinhaço]
A noite, estava começando a abraçar, e no meio da Selva, um troll cambaleava rapidamente enquanto seus ossos tentavam curar do estrago recebido, carregando duas cabeças em cada mão, olhava para trás aflito enquanto tentava desesperadamente chegar a um lugar.
Depois de um tempo procurando, encontrou dois pilares antigos, ainda empoeirada, e no topo de cada, formava um crânio, ao se aproximar, sentiu um alivio nos ombros, então pronunciou: - ATAL'HAKKAR!
E instantaneamente, um par de rubi começou a brilhar intensamente no lugar dos olhos em cada pilar, e um sorriso na cor escarlate foi expandindo, juntamente com o pilar que foi extendido para os lados, e uma passagem subterranea abriu,revelando uma escadaria que aparentemente descia.
Aliviado por finalmente ter chego lá, começou a caminhada, mas acabou tropeçando em um dos degraus que possuia um musgo, então, chegou rapidamente ao chão de maneira indolor.
O lugar que se encontrava parecia um covil, bem fechado, com uma mesa improvisada, assim como algumas cadeiras, e diversos ossos, e corpos, como usado em experimentos, e no centro daquele local, havia três seres que estavam sentados conversando, quando pararam abruptamente quando receberam aquela visita inesperada.
Um deles, era alto, as vestes que usava eram compridas descendo-lhes as pernas, não utilizava nem uma armadura, mas usava um colar de crânios, assim como na sua mão esquerda possuia uma caveira que estava sempre sorrindo, e na direita uma maça em forma de serpente. Pergunta-lhe impaciente:
- Que que cê ta fazendo aqui?
O troll, com medo joga as cabeças próximo aos pés deles, no qual o mandigueiro vai até o local onde foi jogado e verifica todas, e diz ainda guaguejando
- E-e-ele mandou agradecer que se não fosse por cês, ele não estaria fartando Bwonsamdi.
O outro ser, ainda maior que o primeiro, com um arco em forma de naja nas costas adornado com os mais diversos ossos, com armadura de escamas reforçado com espinhas entre outras coisas, olha intrigado perguntando: - Quem é esse cara?
- Kr-kr-kr-Krol
O ultimo sujeito, o maior de todos, com uma espada imensa, com seu corpo reforçado com a placa mais rigida, adornado com cabeças e presas, berrou - COMO ASSIM!? CÊS PERDERAM PARA UM LANÇA NEGRA!?
-Ma-ma-mas eles estavam em três e...
- CÊS TAVAM EM QUANTOS?
- o-o-o-oito senhor! E tinha uma trolesa selvagem parecia até uma enviada da Morte, e um troll sádico, que ria com tudo, e um daqueles elfo fresco lá...
- CÊ QUER DIZER QUE TRÊS GENERAIS MEUS, MORRERAM PARA DOIS LANÇA NEGRA E UM ELFO FRESCO!?????
- Se-se...- não conseguiu terminar o pensamento, porque foi interrompido com uma espada que trespassou seu ombro descendo até a perna, divindo seu corpo em duas partes...
- Se for para eu perder três generais, cê também vai junto! - com um tom impiedoso. Ker'zak e Zul'Kir, para onde cês acham que eles estão indo?
O troll que estava com o arco com uma cara séria disse:
- Não é comum um elfo estar junto com eles, e nossos prisioneiros estão bem diversificados, creio que podem ir para salva-los?
Zul'Kir, com uma expressão curiosa, e ousada disse:
- Kir'jin, tive uma ideia! Não reforce as forças de Zul'Gurub, vejamos se eles conseguem passar pelos colossos, e pelos morcegos, assim como algum de nossos ratos de laboratório... E no final cê pode enfrenta-los...
- EU!? POR QUE APENAS EU!?
- Cê ta com medo de dois lança negra? - perguntou ja preparando uma risada
Sacando a espada, que ainda o sangue dançava , apontou para o pescoço de Zul'Kir
- Kir'jin não teme nada! E não ouse me desafiar novamente, e sim concordo, vejamos até onde esses trolls lança lixo conseguem ir...
- Não se preocupa cara, vai dar tudo certo! E eu vou trabalhar nos mais deliciosos experimentos!
- É bom que o faça, enquanto isso verificarei meus generais se são mesmo fortes, para não receber esta humilhação novamente...
- Ta beleza! Enquanto cês tão ai, eu vou é dar no pé, e verificar se posso fazer alguma armadilha para nossos convidados de honra.
E depois desta conversa, as três imensas criaturas, cada um foi para seu lugar...
[Em um outro lugar na Selva do Espinhaço]
Dois trolls dançavam e dançavam sem parar, enquanto isso Kelanor, estava em frente a fogueira, enquanto olhava para seu martelo sujo de sangue...
- Aaaahh fresquento, vem aqui com a gente pô! Cara mó sem graça, vem! Larga de ser fresquento e uma vez na vida vem ser feliz- dizia o Krol convidando o Elfo para dançar - e maluco, se prepara hein... porque o bagulho vai ficar do garai hein...
O elfo com uma cara determinada, e um sorriso malicioso - Que bom... pois não vejo a hora de esmagar quem estiver entre eu e minha irmã
- Esse é o espirito caaaraaa... agora só vem e bora ser feliz, assim que estivermos descansados, bora partir... porque tenho certeza que chamamos a atenção que queriamos- dizia Zuwee alegre, enquanto se movimentava graciosamente.
E uma noite... que apenas estava começando, risos e alegria tomavam conta... de um acampamento qualquer !

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